segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A vida de Separação do Crente - Recompensa

 Parte Final

Princípios Notáveis da Separação do Crente

1. Essa separação deve ser feita em uma atitude de consagração a Deus (“Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei;” II Co 6.17 e Sl 4.3 “Sabei, pois, que o SENHOR separou pra si aquele que é piedoso; o SENHOR ouvirá quando eu clamar a ele.”). Não pode ser uma negativa em um vácuo.

2. A igreja assume uma qualidade gloriosa quando se separa e se santifica para Cristo (Ef 5.26,27 – “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,  Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” ).

3. A própria salvação é impossível para o indivíduo que se recusa a ser inimigo de forças estranhas, que guerreiam contra a alma (1Pe 2.11 – “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma;”).

4. Com quem devo me deixar acompanhar? Com quem me identificarei? Cumpre-nos aplicar esta regra simples:
"Que espécie de companhia ou circunstância tende a levar-me a calar no que concerne à minha lealdade a Cristo? Essa é a espécie de companhia que me convém evitar, excetuando o "propósito", de evangelizar e de transformar.

5. Paulo queria que soubéssemos que existem inimigos que nos pretendem destruir. Ele baixou mandamentos tendentes à separação, não com o intuito de entravar, mas a fim de ajudar-nos a cumprir nossas respectivas missões.
Aquele que poluir-se com muitos males e com associações erradas, não conseguirá realizar grande coisa na promoção a nossa santa causa.

Sociedade com a Iniquidade

No original grego, a palavra aqui traduzida por sociedade, é "metoche", que significa "partilha" "participação". A retidão, o caráter essencial de Deus, transmitido aos crentes, não pode ter qualquer participação comum com a "iniquidade" ou, conforme diria uma tradução mais literal desse vocábulo grego, "desregramento" (no grego, "anemia"). A retidão expressa aquele estado e caráter do crente que se aproximou de Cristo, que está sendo paulatinamente transformado pelo seu Santo Espírito. Esse é o grande alvo da vida cristã.

Minha alma, põe-te em guarda,
Dez mil adversários se levantam;
As hostes do pecado muito oprimem
Para fazer-te descer dos céus.
(George Heath).

Incrédulos é palavra que, neste caso, se refere aos "pagãos inconfessos", porquanto não há aqui qualquer alusão especial aos falsos apóstolos, que se opunham a Paulo. (Comparar com 1 Cor. 6:6 - 7:12 o ss; 10:27; 14:22 e ss). Aqueles que não confiam no evangelho e que permanecem em seus antigos caminhos pecaminosos, e que são corruptores em potencial daqueles que se esforçam por atingir a retidão, quando os primeiros se unem em relações errôneas a estes últimos.

Comunhão com as Trevas

No original grego, comunhão é "ko inonia", que significa associação, companheirismo, relação intima, conforme aquelas coisas descritas nas notas expositivas anteriores, como o matrimônio, sociedades comerciais, certas associações em clubes, e, acima de tudo, no presente texto, associações do crente com as práticas idólatras que conduzem a pecados de natureza sexual.

A "luz" é um elevado conceito, ilustrado pela metáfora da mesma. Também lemos que Deus Pai habita em luz inacessível (1 Tm 6.16 – “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.” ); e isso fala não somente de sua elevada exaltação na justiça, mas, provavelmente, de suas condições reais nos lugares celestes, que não permitiriam a aproximação de qualquer homem mortal, e nem mesmo de espíritos inferiores. Tais seres seriam consumidos talvez de uma maneira que uma ciência bem avançada poderia esclarecer.

Por conseguinte, "luz" expressa a natureza da esfera onde Deus habita, como uma esfera onde não podem ser admitidos seres que ainda não receberam uma elevadíssima perfeição. Nenhum homem poderá jamais entrar na presença de Deus, se não for perfeito (justificado por Cristo). Não obstante, essa palavra também expressa o caráter essencialmente santo de Deus, onde não se pode encontrar a menor falha. Jesus Cristo também é chamado "luz". Cristo é a luz mais resplandecente que o homem mortal pode contemplar; e mesmo assim foi necessário que o Filho de Deus viesse até nós em formas sombreadas, em que a sua glória e magnificência apenas ocasionalmente puderam ser percebidas. Mas os seus ensinamentos iluminaram a vereda do princípio ao fim, até o trono de Deus. Ele veio a fim de iluminar os homens. E os seres humanos que são realmente iluminados assimilam a natureza dessa luz" que é Cristo, não sendo meramente iluminados. Eles também se tornam "luzes", isto é, participam totalmente da perfeita santidade de Deus.


Não nos devemos esquecer que o vocábulo "luz” também subentende a majestade, a glória e o poder de um ser, e não meramente as suas qualidades de pureza e santidade. Por intermédio de Cristo os homens também recebem majestade, glória e poder. Os remidos, uma vez iluminados e transformados em luz, dificilmente podem ter qualquer comunhão ou companheirismo intimo com as trevas, porquanto as trevas representam tudo quanto é baixo, degradante, perverso e hediondo.

Fonte: Bíblia Sagrada
           Enciclopédica de Bíblia Teologia e Filosofia - Champlin, Ph.D.

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