quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Salmo 01 - AS ALTERNATIVAS DA VIDA, DOIS CAMINHOS, DOIS COMPORTAMENTOS: O JUSTO E O ÍMPIO.

LIVRO UM. SALMOS 1.1-41.13

Nesta seção, o salmista louva a Deus por sua justiça e expressa confiança na compaixão do Eterno, cita a corrupção da humanidade e busca em Deus sua defesa, pedindo livramento dos inimigos, menciona a bem-aventurança do pecador que alcança o perdão. Retrata Deus como bom pastor.

Caracterização Geral

O livro de Salmos, tradicionalmente atribuído a Davi, é uma antologia de cânticos e poemas sagrados dos hebreus. Aparece na terceira seção do Antigo Testamento, chamada os Escritos (no hebraico, Ketubim). A palavra salmos é de origem grega e denota o som de algum instrumento de cordas. Seu nome, em hebraico, é tehillim, 'louvores'. Os temas dos salmos envolvem não somente louvores ao Senhor, mas também alegria e tristeza pessoais, redenção nacional, festividades e eventos históricos. O seu fervor religioso e poder literário têm conferido a essa coletânea uma profunda influência através dos séculos, e não menos no mundo cristão.
Tem havido intensa disputa entre os eruditos acerca da antiguidade e autoria desses salmos, e acerca de sua conexão com o rei Davi. Provavelmente foram compostos durante um período bíblico de mil anos ou mesmo mais. Dentre os cento e cinquenta salmos, setenta e três têm, no seu título, as palavras “de Davi”; e muitos deles foram compostos na primeira pessoa do singular. Alguns desses, ou porções dos mesmos, parecem ser de data posterior à do reinado de Davi. Entretanto, o cotejo com outras peças poéticas religiosas Oriente Próximo e Médio da mesma época geral sugere que alguns dos poemas atribuídos a Davi datam, realmente, do tempo dele. Sem importar o que os especialistas digam, é apenas natural que a crença popular tenha atribuído a obra inteira ao maior dos reis de Israel, um poeta e músico que se sentia em íntima comunhão com Deus.

Os salmos reverberam as mais profundas experiências e necessidades do coração humano, e assim exercem uma atração permanente sobre as pessoas de todas as religiões. Incorporaram o que havia de melhor nas formas poéticas dos hebreus, tendo-as desenvolvido, e eram acompanhados por um surpreendente desenvolvimento musical, com frequência usado para acompanhar a recitação dos salmos na adoração formal de Israel.

SALMO 1. 
AS ALTERNATIVAS DA VIDA, DOIS CAMINHOS, DOIS COMPORTAMENTOS: O JUSTO E O ÍMPIO.

Este Salmo, provavelmente, foi composto como uma Introdução ao Saltério. Cristaliza a crença, que tão frequentemente é expressa na coleção de poemas que se seguem, como também no livro dos Provérbios (por exemplo, Pv 2.12-20; Pv 4.14-18) e em muitas declarações de Cristo (por exemplo, Mt 7.13-14,24-27), de que os homens dividem-se em dois tipos ou classes- os piedosos e os ímpios. O comportamento de qualquer homem deve, pois, seguir uma de duas direções e aproximar-se de um dos dois padrões. A diferença entre eles, em forma e valor, é expressa nas figuras da árvore e da moinha: a divergência do seu caráter e do seu destino é declarada em termos de uma edificação constante ou de uma completa ruína. É, em parte, por esta razão que o segundo Salmo se considera muitas vezes associado com o primeiro, ambos sendo considerados como introdutórios porque ambos tratam de um assunto básico no Saltério, o comportamento e o destino dos homens bons e dos maus. O Salmo 1 apresenta o tema como um assunto pessoal; o Salmo 2 encara-o como uma questão nacional.

O caminho do homem piedoso é considerado neste poema, em primeiro lugar, por um reconhecimento das diferenças progressivas entre ele e o ímpio: não anda no conselho deles, isto é, não adota os seus princípios; não se detém no seu caminho, isto é, não imita as suas práticas do mal; nem se assenta em comunhão com eles, isto é, não toma o propósito de escolhê-los como seus associados. A vida piedosa, nos seus aspectos positivos caracteriza-se por uma concentração na lei (Dt 1.5), referindo-se aqui à vontade de Deus revelada. A qualidade desta vida é como a de uma árvore crescendo junto a um curso perene de água que produz abundante fruto por causa daquele sustento oculto, mesmo quando os ventos quentes ressecam tudo o mais (Jr 17.8).


Aquela vida que não tem raiz, e que não tem absorvido energia dos recursos de Deus, não é mais do que moinha, tão leve e sem valor que o vento do Espírito rapidamente espalha e dispersa. Não subsistirão (5). Note-se o contraste disto com a posição daqueles que, no vers. 1, não andam segundo o conselho dos ímpios. O Senhor conhece (6); isto é, tem interesse nos justos e observa-os. 


Todos os dias, o dia inteiro, fazemos escolhas, e em todo tempo devemos perseverar em escolher o caminho a nós revelado pelo Senhor: Jesus, o Justo, o Santo, Ele é o caminho, a Verdade e a Vida, só Ele tem palavras de Vida Eterna.  Jo 14.6 ; Jo 6.68.

Deus seja louvado!


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