LIVRO UM. SALMOS 1.1-41.13
Nesta seção, o salmista louva a Deus por sua justiça e expressa confiança na compaixão do Eterno, cita a corrupção da humanidade e busca em
Deus sua defesa, pedindo livramento dos inimigos, menciona a bem-aventurança do
pecador que alcança o perdão. Retrata Deus como bom pastor.
Caracterização Geral
O livro de Salmos,
tradicionalmente atribuído a Davi, é uma antologia de cânticos e poemas
sagrados dos hebreus. Aparece na terceira seção do Antigo Testamento, chamada os
Escritos (no hebraico, Ketubim). A palavra salmos é de origem
grega e denota o som de algum instrumento de cordas. Seu nome, em hebraico, é tehillim,
'louvores'. Os temas dos salmos envolvem não somente louvores ao Senhor,
mas também alegria e tristeza pessoais, redenção nacional, festividades e
eventos históricos. O seu fervor religioso e poder literário têm conferido a
essa coletânea uma profunda influência através dos séculos, e não menos no
mundo cristão.
Tem havido intensa
disputa entre os eruditos acerca da antiguidade e autoria desses salmos, e
acerca de sua conexão com o rei Davi. Provavelmente foram compostos durante um
período bíblico de mil anos ou mesmo mais. Dentre os cento e cinquenta salmos,
setenta e três têm, no seu título, as palavras “de Davi”; e muitos deles foram
compostos na primeira pessoa do singular. Alguns desses, ou porções dos mesmos,
parecem ser de data posterior à do reinado de Davi.
Entretanto,
o cotejo com outras peças poéticas religiosas Oriente Próximo e Médio da mesma
época geral sugere que alguns dos poemas atribuídos a Davi datam, realmente, do
tempo dele. Sem importar o que os especialistas digam, é apenas natural que a
crença popular tenha atribuído a obra inteira ao maior dos reis de Israel, um
poeta e músico que se sentia em íntima comunhão com Deus.
Os salmos reverberam
as mais profundas experiências e necessidades do coração humano, e assim
exercem uma atração permanente sobre as pessoas de todas as religiões. Incorporaram
o que havia de melhor nas formas poéticas dos hebreus, tendo-as desenvolvido, e
eram acompanhados por um surpreendente desenvolvimento musical, com frequência
usado para acompanhar a recitação dos salmos na adoração formal de Israel.
SALMO 1.
AS
ALTERNATIVAS DA VIDA, DOIS CAMINHOS, DOIS COMPORTAMENTOS: O JUSTO E O ÍMPIO.
Este Salmo,
provavelmente, foi composto como uma Introdução ao Saltério. Cristaliza a
crença, que tão frequentemente é expressa na coleção de poemas que se seguem,
como também no livro dos Provérbios (por exemplo, Pv 2.12-20; Pv 4.14-18) e em
muitas declarações de Cristo (por exemplo, Mt 7.13-14,24-27), de que os homens
dividem-se em dois tipos ou classes- os piedosos e os ímpios. O comportamento
de qualquer homem deve, pois, seguir uma de duas direções e aproximar-se de um
dos dois padrões. A diferença entre eles, em forma e valor, é expressa nas
figuras da árvore e da moinha: a divergência do seu caráter e do seu destino é
declarada em termos de uma edificação constante ou de uma completa ruína. É, em
parte, por esta razão que o segundo Salmo se considera muitas vezes associado
com o primeiro, ambos sendo considerados como introdutórios porque ambos tratam
de um assunto básico no Saltério, o comportamento e o destino dos homens bons e
dos maus. O Salmo 1 apresenta o tema como um assunto pessoal; o Salmo 2 encara-o como
uma questão nacional.
O caminho do homem
piedoso é considerado neste poema, em primeiro lugar, por um reconhecimento das
diferenças progressivas entre ele e o ímpio: não anda no conselho deles, isto
é, não adota os seus princípios; não se detém no seu caminho, isto é, não imita
as suas práticas do mal; nem se assenta em comunhão com eles, isto é, não toma
o propósito de escolhê-los como seus associados. A vida piedosa, nos seus
aspectos positivos caracteriza-se por uma concentração na lei (Dt 1.5),
referindo-se aqui à vontade de Deus revelada. A qualidade desta vida é como a
de uma árvore crescendo junto a um curso perene de água que produz abundante
fruto por causa daquele sustento oculto, mesmo quando os ventos quentes
ressecam tudo o mais (Jr 17.8).
Aquela vida que não
tem raiz, e que não tem absorvido energia dos recursos de Deus, não é mais do
que moinha, tão leve e sem valor que o vento do Espírito rapidamente espalha e
dispersa. Não subsistirão (5). Note-se o contraste disto com a posição daqueles
que, no vers. 1, não andam segundo o conselho dos ímpios. O Senhor conhece (6);
isto é, tem interesse nos justos e observa-os.
Todos os dias, o dia inteiro, fazemos escolhas, e em todo tempo devemos perseverar em escolher o caminho a nós revelado pelo Senhor: Jesus, o Justo, o Santo, Ele é o caminho, a Verdade e a Vida, só Ele tem palavras de Vida Eterna. Jo 14.6 ; Jo 6.68.
Deus seja louvado!
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